O altar de nenhuma diferença
“Somos como muitas bolas de incenso caindo no mesmo altar. Algumas colapsam mais cedo, outras depois, mas isso não faz diferença”.
MARCO AURÉLIO, MEDITAÇÕES, 20.95.14– 17
A única certeza que há sobre a vida é que ela, antes ou depois, acabará. E acabará para todos nós. Mas ficamos nos comparando com os outros o tempo todo. Quando achamos que estamos melhor que os outros sentimos satisfação, e quando achamos que estamos pior surge a tristeza ou a inveja. Mas, sem entrar no mérito do que cada um fez para estar onde está, ou se a sorte joga um papel mais ou menos importante na vida das pessoas, qual é a diferença entre uns e outros?
No longo prazo não há nenhuma diferença entre nós. A morte, o grande equalizador, chegará para cada um de nós, e todos seremos esquecidos antes ou depois. E embora esse olhar possa parecer pessimista, eu o acho enormemente otimista. Para mim, significa que podemos e devemos aproveitar nosso tempo sem medo de sermos julgados, sem invejas e sem orgulhos, porque com o tempo suficiente ninguém vai se importar.
Comentários
2 Comentários
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Sim, difícil ter em mente isso o tempo todo para viver mais plenamente, mas é a mais pura verdade.
Por isso gosto da figura da “Catarina” da cultura mexicana: uma caveira cheia de pompa que nos faz lembrar que todos acabaremos algum dia no mesmo lugar.
Gi, que legal essa referência da Catarina. Não conhecia e achei super interessante como muitas culturas tem alguma forma de nos lembrar disso. Obrigado!