Não julgue, senão…
“Quando a filosofia é exercida com arrogância e teimosamente, é a causa da ruína de muitos. Deixe a filosofia arrancar suas próprias falhas, ao invés de ser uma maneira de criticar as faltas dos outros”.
SÊNECA, CARTAS MORAIS, 103.4b-5a
Quando com 18 anos comecei a faculdade, entrei num ambiente de discussão de ideias diversas sobre economia e política. Eu tinha uma serie de pensamentos que queria defender, mas todos baseados no que ouvia ao meu redor ou assistia na TV, você pode ter uma ideia. A questão é que eu não tinha argumentos para defender o que eu pensava (nem eu nem nenhum de meus colegas) e as discussões giravam em torno a emoções. Foi o desejo de embasar meus argumentos o que me fez começar a ler livros de economia e história. O problema foi que comecei pelo motivo errado: o que realmente queria era achar argumentos que apoiassem o que eu já pensava, com o objetivo de convencer meus colegas. Por sorte, conforme fui lendo mais livros, fui percebendo que algumas das minhas ideias estavam completamente erradas e com o tempo passei de ler para convencer, a ler para entender e aprender.
O que Sêneca está nos dizendo é que devemos utilizar o conhecimento para nos corrigir. Esqueçamos as faltas dos outros. E como Jesus também nos disse, não procuremos a palha no olho alheio, tiremos antes a trave enorme que há no nosso.
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