A batida continua
“Ande pela longa galeria do passado, de impérios e reinos sucedendo um ao outro sem número. E você também pode ver o futuro, pois certamente será exatamente o mesmo, incapaz de desviar-se do ritmo atual. É tudo um se vivemos quarenta anos ou uma eternidade. O que mais há para ver?”
MARCO AURÉLIO, MEDITAÇÕES, 7.49
No final de sua famosa entrevista de 1985, David Wigg perguntou ao Freddie Mercury de que forma gostaria de ser lembrado. A resposta dele? “Dead and gone” (morto e ido), e depois disse “Isso não depende de mim. Quando eu estiver morto, quem se importa? Eu não.” E essa é a realidade. Com o tempo suficiente ninguém vai se importar quando não estivermos mais neste mundo. E é assim para pessoas, empresas e países. Antes ou depois tudo termina, e com o tempo necessário, todos são esquecidos, num ritmo continuo, com uma batida marcada pelo tempo.
Esse pensamento é muito liberador. Nos libera de ficar nos preocupando por criar um legado duradouro, nos libera de ficar sofrendo pelo que os outros vão achar de nós, e nos libera para sermos o que quisermos ser e fazermos o que quisermos fazer hoje, aqui e agora. Então sejamos o melhor que podemos ser hoje, sem vaidades nem medos sobre como seremos julgados.
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